quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ciência&Religião.

Um dia desses na aula de filosofia o professor nos deu uma reportagem, depois que lêssemos, o objetivo era para fazermos um comentário. Achei interessante e resolvi postar algo sobre a mesma. Era uma entrevista com o biólogo Francis Collins e nela ele mostrava sua posição entre ciência e religião. A questão é que ele diferentemente de outros cientistas, assumiu sua crença em Deus após ter analisado a vida pensando o quanto ela se torna vaga sem algo que realmente faz a diferença em inúmeras ocasiões de nossa vida. Fatos que não podem ser explicados pela ciência, como milagres, simples momentos que nos são proporcionados sem mera cobrança, algo que de fato não se consegue obter uma lógica.
Francis desde então vira alvo de seus amigos estudiosos, pois a maioria deles são ateus. Em contrapartida escreve um livro, no qual conta como deixou o Ateísmo e os motivos que o levou a seguir a mesma, as barreiras que teve de enfrentar para revelar sua fé. “Houve um período em minha vida em que era conveniente não acreditar em Deus. Eu era jovem, e a física, a química e a matemática pareciam ter todas as respostas para os mistérios da vida. Reduzir tudo a equações era uma forma de exercer total controle sobre meu mundo. Percebi que a ciência não substitui a religião quando ingressei na faculdade de medicina. Vi pessoas sofrendo de males terríveis. Uma delas, depois de me contar sobre sua fé e como conseguia forças para lutar contra a doença, perguntou-me em que eu acreditava. Disse a ela que não acreditava em nada. Pareceu-me uma resposta vaga, uma frase feita de um cientista ingênuo que se achava capaz de tirar conclusões sobre um assunto tão profundo e negar a evidência de que existe algo maior do que equações. Eu tinha 27 anos. Não passava de um rapaz insolente. Estava negando a possibilidade de haver algo capaz de explicar questões para as quais nunca encontramos respostas, mas que movem o mundo e fazem as pessoas superar desafios.“ Trecho retirado da revista Veja, a qual deu a entrevista.
Sorrisinho do Francis pra vocês. :B

Até então nunca tinha percebido alguém que pudesse contar com duas formas de ver o mundo e assim se expressar livremente, expondo opiniões muitas vezes contraditórias, e mesmo assim, conseguindo manter equilíbrio entre elas. Julgo que realmente podemos ter visões diferentes de acordo com o tipo de criação ou conhecimento que temos em determinados fatores da vida e assim estabelecer padrões criados por nós mesmos. A ciência sempre será essencial para investigar e nos proporcionar descobertas favoráveis em diversos pontos, pois somente uma coisa feita com todos os cuidados e elaborações necessárias podem realizar. Já a existência de Deus nos faz crer que algo mais, além do simples fato de existir está presente entre nós.
Como explicar o amor, esse sentimento que nos faz cometer insanidade e assim tirar-nos da lógica estabelecida? Como podemos saber o que leva às pessoas a praticarem um ato de bondade, mesmo sabendo que aquela atitude o levará a algo não tão bom quanto o realizado, sem nenhuma cobrança ou lamentação? Curas em pessoas que não mais tinham sequer a esperança de viver? É nessa hora que aqueles que possuem crença em um Ser Superior muitas vezes conseguem perceber que a vida não é uma mera passagem por aqui, ocasionada por determinadas evoluções, as quais são dotadas de descobertas científicas que dizem estarem corretas, somente porque nos trazem um significado mais racional da vida. E as emoções? Onde ficam elas no final da conclusão?

3 comentários:

  1. "No final da conclusão".. Me lembrou os tempos de PREONASMO kk (L'

    Achei ele legalzinho, tem o sorriso muy sexy *-*

    É meio assustador você se encontrar em uma situação de risco e não ter em nada para suplicar, confiar, acreditar... Tá que eu não vou muito à Igreja, mas isso não me faz menos crente que as doidas que acordam todo domingo de manhã pra isso.
    Sou uma pervertida que crê em Deus! (frase ótima, haha)


    Ps.: Eu quero ver essa reportagem ._.

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  2. Só tu mesma pra perceber isso. u.ú

    Concordo, percebo que pessoas que estão lá, muitas vezes ficam com suas atenções voltadas a coisas totalmente distanciadas da celebração.(Eu, de vez em quando. Ok?) Fora determinados momentos que ficam cada vez mais entediantes. õ/
    Sua cara essa frase. Huahuahau.

    Não ficou comigo. Mas tem no site, depois te mando. (são umas 4 págs. mas não deixa de ser interessante) Como somos cultas.

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  3. 4 páginas? hehe, deixa pra outro dia :x

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